quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sugestões de Leitura

Para aqueles que se identificam com nossa discussão, seguem dicas de leitura que certamente enriquecerão sua bagagem de conhecimentos.





Diferenças e Preconceitos de Julio Groppa Aquino




Rick, o nerd detetive de Walcyr Carrasco


EDUCAÇAO DO PRECONCEITO - Ensaios sobre Poder e Resistência  de Silvio Gallo










Davi, Sandra e Simone.

Conhecendo as discriminações dentro das escolas no município de Mantenópolis

     Nessa postagem estaremos apresentando uma pequena pesquisa realizada na comunidade local do município de Mantenópolis sede, acerca das questões de preconceito e discriminação na escola.
     Para tanto escolhemos como amostra alunos de 2 escolas sendo, 1 municipal e 1 estadual, onde pudemos conversar com 40 alunos do ensino fundamental (20 das séries iniciais e 20 das séries finais) e 20 alunos do ensino médio. Por questões de privacidade, não divulgaremos fotos e nomes dos alunos entrevistados tendo em vista a menor idade dos mesmos.

Nosso papo...

     Inicialmente para conhecer as principais causas/motivos das discriminações advindas do contexto escolar, selecionamos as três causas/motivos mais citados pelos mesmos para realizarmos nossa pesquisa, de modo que, pontuamos as questões de orientação sexual, cor/raça e classe social como as mais citadas.
EM "Eliezer Eduardo Ribeiro"


 EEEFM "Job Pimentel"
     Para realizar o questionamento conversamos com 20 estudantes da 4ª série do Ensino Fundamental da EM Eliezer Eduardo Ribeiro, 20 alunos das diversas séries finais do Ensino Fundamental da EEEFM Job Pimentel e 20 alunos do 1º ao 3º ano do Ensino médio da EEEFM Job Pimentel. Após pesquisa individual obtivemos os dados que apresentamos no gráfico abaixo.


Analisando...

     Após preparado o gráfico podemos ter uma visão das principais causas do preconceito e discriminação na escola. Nesse sentido, podemos observar que nas séries iniciais, onde os alunos tem pouca maturidade e ainda não tem amplo conhecimento do campo da orientação sexual a principal causa da discriminação se refere as questões de raça/cor, onde pudemos constatar que todos os alunos votantes nessa opção são negros. Como nossas crianças aprenderam isso? será que aprenderam sozinhas ou refletem as atitudes e posições de uma sociedade racista?
     Nas séries Finais as questões de sexualidade começam a se destacar, e questões de raça perdem espaço. As questões socioeconômicas perdem proporcionalidade em relaçãos às séries iniciais mas continuam significamente presentes.
     Acreditamos que nesta fase, em que a maioria entra na adolescência e se deparam com as primeiras indagações acerca de sua sexualidade fica muito mais fácil encontrar espaços para rotular o DIFERENTE, alunos que na concepção dos colegas simplismente não se enquadram na mesma opinião/orientação sexual que ele. Esse é um dos maiores dilemas da educação nacional hoje na busca de fortalecer as políticas contra o Bullyng nas escolas.
     Ao estudar o Ensino Médio nos deparamos com alunos já adolescente e "Pré-Jovens" que já imersos num contexto sexuado, possuem opiniões, posições e conceitos acerca de questões acerca da sexualidade. Desta forma, as questões de orientação sexual são absolutamente as principais causas de discriminação nessa faixa etária escolar, sendo que, as demais questões pouco foram lembradas.
      Na fase do Ensino Médio, pudemos concluir que questões de classe social nem sempre são importantes tendo em vista que muitos alunos de classe baixa são populares e andam na moda (ou tentam se manter na chamada "moda" dos alunos) o que lhes dá total liberdade de comunicação e convivência com seus demais colegas.


Concluimos....

     Nosso objetivo com essa pesquisa não foi conhecer as causas do preconceito na escola, até mesmo porque essa tarefa é muito complexa, contudo, objetivamos encontrar espaços para discussão e pesquisa da temática em foco.
     Este foi o primeiro passo e no decorrer do curso certamente postaremos aqui maiores informações e pesquisas realizadas em nosso Município.


Davi Teodoro Almeida Damaceno, Sandra Regina Benísio Tonani e Simone Alves de Oliveira.

domingo, 31 de julho de 2011

Coiceitos relacionados à temática do blog

Refletindo acerca de novos e veteranos conceitos



Igualdade de Gênero, Raça/Etnia na Educação Formal - Família, hierarquias e a interface Público/Privado”

Após análise das três unidades do módulo 01, dentre todos os conceitos desenvolvidos, extraímos e listamos abaixo os que mais se adéquam ao tema escolhido pelo grupo:

01) – Políticas Públicas Intersetoriais, como sendo aquelas construídas por vários setores e diversas áreas de conhecimento, os quais, através da união de métodos e conhecimento, trabalham para alcançar uma meta comum. Recurso que é ou pode ser amplamente utilizado na educação formal, com a participação dos professores, pedagogos, conselhos, pais, etc.;
02) – Estado, como sendo o modo de exercício do poder pelas unidades políticas;
03) – Governo, que é a autoridade administrativa da unidade política, portanto do Estado, agente direto que faz funcionar as políticas desenvolvidas para educação formal e para o combate a todas as desigualdades; 
04) – Políticas de Governo: que são aquelas inerentes ao executivo, por ele geridas e implementadas;
05) – Políticas de Estado: que são aquelas de elaboração mais complexa, uma vez que estão vinculadas a outros poderes e a outras áreas de estudo, passando, assim, por um caminho mais burocrático para a sua implementação;
 06) – Sociedade civil: como sendo grupos formais e informais que abraçam a mesma causa e lutam pelos mesmos objetivos, como por exemplo, o Projeto Vida Feliz de nossa cidade, onde são desenvolvidas várias atividades inerentes ao reforço escolar das crianças atendidas;
 07) – Políticas Públicas: que são aquelas implementadas pelos governantes das unidades políticas para resolver demandas, previamente agendadas em suas plataformas eleitorais ou surgidas no transcorrer de suas administrações;
08) Ciclo das políticas públicas: que são as etapas a serem seguidas para definição, elaboração, implantação e avaliação das políticas públicas;
09) Movimentos sociais: que são grupos que lutam pelo reconhecimento de determinado problema e pela implementação de políticas públicas para resolução destas demandas (movimentos pela igualdade de gênero e raça);
10) – Diversidade populacional, como sendo a miscigenação de vários povos, sendo que parte desses povos não é reconhecida e deixada à margem das sociedades, inclusive na sala de aula;  
11) – Justiça Social, como sendo a junção do reconhecimento de determinados grupos e distribuição aos mesmos de renda para que alcancem a igualdade na sociedade em que vivem;
12) – Democracia racial, que é permitir que qualquer grupo de indivíduos, sejam eles negros, indígenas, etc., tenha os mesmos direitos e cheguem ao mesmo patamar social, principalmente dos povos brancos (descendentes de europeus). Fazer com que as adolescentes carentes, principalmente negras, acreditem que é possível trilhar outros caminhos, principalmente, através da educação;
13) – Desigualdade social: inerente ao fato de certos grupos não gozarem ou terem acesso aos mesmos direitos de outros;
14) – Desenvolvimento humano sustentável: como sendo a passagem de um País de pobre para rico, observando-se para isso, o desenvolvimento das pessoas, para as pessoas e pelas pessoas, possibilitando às mesmas, principalmente, acesso aos serviços básicos, como saúde, segurança, educação, etc.;
15) – Políticas Universalistas, como sendo àquelas baseadas no ideário da igualdade, mas que, aplicadas isoladamente, acabam não alcançando resultados satisfatórios no que se diz respeito à promoção da Justiça Social, por não levarem em conta a diversidade do público alvo; e
16) – Políticas afirmativas ou focais, como sendo as que atacam a desigualdade social levando em conta grupos historicamente excluídos ou discriminados, como mulheres, negros e mulheres negras, baseando-se em dados de pesquisas e estudos específicos em gênero e raça com intuito de diminuir a diferença entre os mencionados grupos e promover, assim, a verdadeira Justiça Social em nosso País. 

Ricardo Sussai

sábado, 30 de julho de 2011

Discutindo questões de Gênero

A seguir, sugerimos 04 vídeos acerca da temática de gênero e diversidade que podem auxiliar-nos em nossas construções.






Nosos objetivo não é sanar todas as dúvidas, mas sim, contribuir de forma significativa às discussões de gênero, raça e diversidade na educação formal.

Simone e Davi

domingo, 24 de julho de 2011

Estudo do cotidiano das relações de igualdade de gênero, raça/etnia na educação formal (família, hierarquias e a interface público/privado).

O Brasil é um dos países (senão o país) mais miscigenados do mundo, seguindo esse fato devemos ter uma educação e leis que abranja a toda essa diversidade cultural e também econômica de nossa sociedade. Tendo como alvo o sistema de governo do nosso país podemos dizer que estamos longe de termos leis que atendam perfeitamente as necessidades que temos, mas também não estamos parados na estaca zero. Quando a área da educação é o alvo da análise devemos ser minuciosos, pois estamos lidando com culturas diferentes. Devemos estar empenhados em uma educação de formação de um cidadão consciente de seus direitos e deveres e que esteja preparado para ingressar em uma faculdade ou enfrentar o mercado de trabalho, porém não podemos menosprezar a origem do educando, sua cultura, etnia, grupo social, enfim todo seu contexto.
A educação tem sido alvo de políticas públicas lançadas com o intuito de preservar essa identidade étnica. Dentro deste contexto pode-se destacar a lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que defende o estudo sobre a cultura afro e indígena:
Art. 1º O art. 26-A da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
 A cultura dos afro-descendentes que faz parte da cultura brasileira teve uma grande evolução de seus direitos desde 1888 com a libertação dos escravos, mas chega ainda nos nossos dias sendo discriminada por uma sociedade movida por conceitos eurocêntricos de séculos atrás. O mesmo se pode aplicas aos povos indígenas, estes que sempre enfrentaram a discriminação e o desrespeito aos seus direitos e que assim como os negros tiveram em seu contexto histórico grande desmazelo por parte governamental da preservação de sua identidade cultural, e que hoje já tem melhorias e a descriminalização e respeito pelo seu modo de vida, tendo nas escolas o ensino se sua história e principalmente da grande contribuição dela para a formação de nosso país.

Mesmo com esses avanços citados temos um longo caminho pela frente e várias conquistas a serem buscadas, isso, pois a cada ano que passa são novas as necessidades de nossa sociedade contemporânea assim como por exemplo é o grande problema da desestrutura familiar que atinge fortemente nossa educação, e que apesar de várias medidas tomadas os resultados ainda não são totalmente satisfatórios isso devido a complexidade deste problema.
Assim devemos estar a cada dia em uma busca constante pela igualdade de gênero, raça/etnia na educação, mesmo que a soluções não dependam apenas de nós profissionais da área mas também de nosso governos precisamos dar o primeiro passo em prol de uma melhor educação para as futuras gerações.

por Marcelo da Silva

Nossas relações na Sociedade

por Laysse Perine

O desafio da educação pública em suas práticas diárias é garantir que os direitos humanos sejam ofertados a todos, sem discriminação. Considerando todas as vulnerabilidades existentes no ambiente educacional no contexto do pós modernismo, a aplicabilidade de políticas de gênero e raça se faz necessário, para que dessa forma se faça cumprir que todos os indivíduos tenham valorizada sua cidade independente das desigualdades.
A alusão que se faz aos reflexos sociais das políticas públicas, percebe-se o quão margilazidos se tornam certos grupos específicos, que nada mais é que um resultado histórico, político e social de políticas voltadas a uma minoria privilegiada.
Todo esse discurso de adéqua bem a categoria da educação, visto que é nesse espaço de construção do saber que os valores são muitas vezes moldados e novas descobertas produzida a cada relação construída.